Em 2007, participei ativamente na promoção do “não” à despenalização do aborto, através de artigos, entrevistas e conferências, tentando contrariar a falta de isenção e desinformação dos media nacionais contra quem manifestasse opinião a favor da vida dos nascituros. Três anos volvidos desde a aprovação desta lei iníqua, o balanço é desastroso. Num artigo de opinião, publicado no Diário de Notícias, Maria José Nogueira Pinto afirma: “Eram já conhecidos indicadores preocupantes no que se refere ao aborto após a aprovação da lei, mas ficámos agora a saber, pela voz do presidente do Conselho Nacional de Ética, que os resultados vão no sentido oposto do que foi propagado pelos que promoveram a liberalização e viabilizaram a lei: 50% das mulheres que fazem aborto faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória 15 dias depois; há mulheres que fazem, no Serviço Nacional de Saúde, dois ou três abortos por ano; o número de abortos aumentou de 12 mil para 18 mil em 2008 e para 19 mil em 2009”.
Tal situação confirma a falácia de muitos argumentos dos partidários do “sim”, amplamente propagandeados durante a campanha de 2007, e atesta a vulgarização da prática do aborto em Portugal, que para muitas mulheres não passa de mais um método contracetivo custeado pelo Estado.
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