30/09/10

CANCRO DO CÓLON E RETO: O QUE É?

O cancro do cólon e reto é um tumor maligno que afeta o intestino grosso.

Como se desenvolve?
A grande maioria dos casos desenvolve-se, lentamente, ao longo de anos, a partir de lesões benignas, os pólipos adenomatosos. Esta evolução é geralmente silenciosa, sem sintomas.
 
Qual a sua importância?
Devido ao estilo de vida e alimentação que praticamos, o número de novos casos tem vindo a aumentar, em Portugal, de ano para ano. Mais de metade dos casos não são curáveis, resultando na morte da pessoa afetada. Atualmente, este é o cancro que mais mata em Portugal. Cerca de 10 portugueses morrem por dia em consequência desta doença.
 
É curável?
A maioria dos pólipos pode ser removida sem necessidade de intervenção cirúrgica, durante um exame designado colonoscopia. A deteção precoce da lesão e a sua remoção endoscópica levam à cura da doença. Fica assim quebrada a cadeia da sua evolução, que poderia terminar no cancro do cólon e reto. O tratamento é habitualmente cirúrgico, acompanhado ou não de outros métodos, como a quimioterapia e/ou radioterapia.
 
Quem está em risco?
Na generalidade, o risco individual de se vir a sofrer de um carcinoma colo-retal é de, aproximadamente, 6 por cento. Verifica-se nos homens e mulheres, sendo mais significativo a partir dos 50 anos. Nas pessoas com familiares do primeiro grau (pai, mãe, irmãos) com cancro do cólon e reto ou pólipos adenomatosos, o risco é mais elevado, começando a ser mais significativo a partir dos 40 anos de idade. Mais raramente, em algumas famílias que podemos identificar, o risco é ainda mais elevado, iniciando-se em idades mais jovens. Os doentes com colite ulcerosa ou doença de Crohn envolvendo uma área significativa do intestino grosso, por longos períodos de tempo, têm também um risco mais elevado.
 
Como prevenir?
Alguns comportamentos estão associados a maior risco de cancro do cólon e reto. Uma dieta rica em vegetais, sopa, frutas e cereais integrais e pobre em gorduras, particularmente, as de origem animal, ajuda a reduzir esse risco. O exercício físico e o combate à obesidade são, também, comportamentos benéficos.
 
Como detetar precocemente?
Diversos métodos de rastreio permitem a deteção dos pólipos adenomatosos e de cancro do cólon e reto em fase inicial, ainda sem sintomas. Estes métodos estão amplamente divulgados e são acessíveis. Existem diversas opções de rastreio: teste de sangue oculto nas fezes, sigmoidoscopia, colonoscopia.
 
Informe-se junto do seu médico. O rastreio pode salvar a sua vida. Viva mais, prevenindo.

Texto da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

Sem comentários: