As telangiectasias ou varizes reticulares, vulgarmente chamadas “derrames”, são extremamente frequentes nas mulheres, principalmente após uma gravidez ou nas que efectuam contracepção hormonal. São pequenos vasos vermelhos ou azulados na superfície da pele que, apesar de inestéticos, não acarretam complicações, embora seja conveniente efectuar também um ecodoppler dos membros inferiores nestas situações para se excluírem sinais de insuficiência venosa.
O tratamento mais comum dos derrames é a escleroterapia, também chamada secagem (uma doente minha designou este tratamento de “picagem”!). Consiste na injecção com uma agulha muito fina de um líquido esclerosante, que irá provocar o colapso da parede da veia e a sua destruição. A escleroterapia realiza-se habitualmente no consultório médico, não requer anestesia, sendo complementada pelo uso de contenção elástica durante um período de tempo curto. As principais contra-indicações para este tratamento são a gravidez, asma, diabetes, insuficiência arterial, antecedentes de trombose venosa e existência de varizes tronculares. Se houver varizes de maior calibre (tronculares), está geralmente indicada a cirurgia em primeiro lugar.
Outra modalidade de tratamento das telangiectasias é através do laser percutâneo, que apresenta melhores resultados nos micro-derrames.
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