21/10/13

NÃO FUMAR: UMA QUESTÃO DE BOM SENSO


O tabaco sob a forma de cigarros, charutos, cachimbo ou cigarrilhas, é causa de milhares de mortes prematuras no nosso País, seja por doenças cardiocerebrovasculares seja por cancros do pulmão, laringe, bexiga e vários outros.

Muitas crianças e muitos jovens são também consumidores de tabaco por causas sociais ou comportamentais, ou por falta de informação concreta, sobre os perigos reais para a sua saúde e a sua vida.

O número de fumadores passivos (aqueles que só respiram o fumo dos outros) cresce a par do número de fumadores.

Muitos fumadores querem deixar de fumar e não conseguem, outros não querem mesmo. Mas outros ainda não têm alternativa senão fumar o tabaco dos colegas de trabalho, ou dos familiares fumadores, e também sofrem doenças ou morrem por isso.

Aqui ficam algumas regras que se aplicam a todos:

1. O melhor de tudo é não começar a fumar. Se pensa que, “todos os meus colegas fumam”, seja diferente, seja original, não fume e tente que os seus amigos venham também a ser não fumadores, esclarecendo-os se porventura ainda ignoram os perigos para a sua saúde e a sua própria vida.

É imperioso que aos mais novos tudo seja explicado e discutido atempadamente (em vez de proibir) para que eles não nos acusem mais tarde de não lhes termos dado o conhecimento prévio dos terríveis malefícios e das dificuldades em parar!

2. Pense nas vantagens dos não fumadores: poupam dinheiro, têm um hálito mais fresco, menos rugas e menos constipações; têm mais tempo de vida; têm menos probabilidades de vir a ter cancro no pulmão, nos lábios, na laringe, orofaringe, esófago, pâncreas, bexiga, rim, etc. e também de vir a ter alguma ou algumas doenças cardiocerebrovasculares (acidente vascular cerebral, angina de peito, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca, morte súbita e isquemia dos membros inferiores), doenças pulmonares como a bronquite crónica ou o enfisema, com grave insuficiência respiratória. A própria osteoporose é agravada pelo tabaco. E não menos importante é ainda a maior frequência de acidentes de estrada e de incêndios por causa do tabaco!

3. Não pense “o tio José sempre fumou e durou até aos 90 anos”. Isso é a exceção, a regra geral não é assim, o fumador (ou a fumadora) morre 10 anos mais cedo do que os que não fumam.  Pense se vale a pena arriscar e sofrer, de que maneira!

4. Nunca é tarde para deixar de fumar. Vale a pena, tem tudo a ganhar. Tente sozinho, ou com a ajuda dos que o amam, mas se não conseguir peça ajuda ao seu médico, ou tente encontrar outro fumador que queira também parar de fumar e entreajudem-se! É mais fácil, e são dois a ganhar!

5. Deixar de fumar é duro e difícil, e alguns recaem: poderá tentar parar várias vezes antes de conseguir parar de vez. Arranje a vontade e acredite que vai valer a pena o esforço: a sua força de vontade é a chave do sucesso.

6. Não espere por começar a sentir-se mal, ou que o médico e as doenças o obriguem. Pare, assim que tomar consciência do que é ser fumador. Se precisar de ajuda há também medicamentos vários para ajudar a cessar de fumar! Desde os substitutos da nicotina, pastilhas, adesivos, e outros que só o médico pode receitar.

7. Ao fumar, pense no mal que isso lhe faz, e pense no mal que isso faz aos outros, os que não fumam, mas que junto de si inalam também o seu fumo: companheira(o), filhos, parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, etc. Esteja particularmente atento às crianças e às grávidas.

8. Se está grávida não fume, e convença o pai da criança a não fumar também: o pequeno ser que está dentro de si nem sequer se pode desviar do fumo que tanto mal lhe faz - é obrigado a fumar: fumador coercivo!

Aliás o que devem fazer ambos, é parar de fumar (e de beber) logo que planeiam ter um filho, para que os óvulos  e os espermatozóides sejam mais saudáveis!

9. Se é fumador passivo tenha a coragem de dizer ao seu mais próximo “Não fume por favor, porque isso me incomoda”. O seu direito à saúde e a respirar ar puro é muito importante e tem de ser respeitado – a liberdade dos outros acaba onde começam a nossa liberdade e os nossos direitos!

10. Comece a fazer valer os seus direitos: está a ajudar-se a si, e a ajudar outros fumadores passivos, e até ajuda os fumadores ativos (mesmo que eles o não reconheçam) porque fumarão menos.
 
E já agora ajude-os também a obter um lugar para fumar, quando já não aguentam mais!
 
Fonte: Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (Prof. Fernando de Pádua)

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