O edema linfático, ou linfedema, resulta da
insuficiência ou obstrução da circulação linfática de um ou mais membros,
levando a uma acumulação de linfa no tecido intersticial. Inicialmente o
aumento de volume do membro (edema) é transitório, mas ao longo do tempo
torna-se permanente e irreversível.
Pode resultar de uma anomalia congénita
(linfedema primário) ou, mais frequentemente, ser causado por uma infeção
cutânea, doença venosa (trombose venosa profunda) ou oncológica, parasitose
(elefantíase), cirurgia ou radioterapia (p. ex. no tratamento do cancro da
mama). Nestas situações em que há uma causa identificável, o linfedema é
considerado secundário.
Uma característica do edema linfático dos membros
inferiores é afetar a região dorsal e dedos do pé, o que permite distingui-lo
de edemas de outra natureza. O linfedema facilita a ocorrência de processos
infeciosos (celulite, linfangite, erisipela), que agravam o quadro clínico uma
vez que obstruem os vasos linfáticos.
O diagnóstico pode ser feito a partir da história
e observação clínicas. Contudo, a realização de um ecodoppler venoso dos
membros inferiores permitirá analisar se existe doença venosa associada.
O tratamento do edema linfático é difícil. Inclui
medidas gerais de prevenção, nomeadamente cuidados de higiene adequados,
exercício físico, elevação do(s) membro(s) afetados, massagem de drenagem
linfática, terapêutica farmacológica e compressão elástica. É também
fundamental o tratamento imediato de infeções cutâneas, muitas vezes com antibióticos
de largo espetro.
1 comentário:
Muito obrigada, Dr Jorge Cruz, pela partilha de informação sobre esta patologia.
Tomei a liberdade de a partilhar aqui
http://l-de-linfa.blogspot.pt/2014/02/o-abominavel-edema-linfatico.html
e também fiz um link aqui
https://www.facebook.com/l.de.linfa/photos/a.1395667804021570.1073741828.1390637694524581/1406699439585073/?type=1&theater
Bem haja
L de linfa
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