Este célebre quadro de
Picasso, de 1897, intitulado “Science e Charité”, retrata uma abordagem
holística e integral dos cuidados de saúde, na sua dimensão não apenas
biológica e mental, mas também social e espiritual, bem expressas pela figura
do médico, da freira e da criança.
Deve-se privilegiar
este modelo antropológico ou bio-psico-socio-espiritual, centrado na pessoa
doente, em vez do modelo biomédico ou biomecânico, que a própria Organização
Mundial de Saúde (OMS) considera inadequado: «Até agora, o ensino médico tem
geralmente seguido o modelo de procurar tratar os pacientes com base na
medicina e cirurgia, dando menos importância às convicções das pessoas e à fé
no processo de cura, quer por parte do médico quer na relação médico-doente.
Esta perspetiva mecânica e redutora de considerar o paciente já não é
satisfatória. Os pacientes e médicos começaram a compreender a importância de
elementos como a fé, a esperança e a compaixão durante o processo de cura.»
(Relatório da OMS de 1998).
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