23/05/11

10 CONSELHOS PARA CONTROLAR O STRESS

Na União Europeia, o stress é atualmente o segundo problema de saúde mais comum relacionado com o exercício de uma profissão, a seguir às dores lombares. Afeta também a vida familiar e é uma causa reconhecida de várias doenças físicas e mentais. Enquanto as férias não chegam, deixamos-lhe 10 conselhos para o controlar.
 
1. Procure entender o que lhe causa stress, ou seja, a que é que é mais particularmente sensível. Só reconhecendo conscientemente o que mais o afeta pode tentar evitá-lo, ou conseguir ajudas e construir defesas.

2. Arranje algum tempo para si, seja você mesmo. Diariamente, semanalmente ou mensalmente, dentro das suas possibilidades, guarde algum tempo para se conhecer a si próprio e pensar na sua vida.

3. Procure realizar os seus objetivos, mas avalie as suas possibilidades ou dificuldades: não  exija de si o que não pode dar, nem deixe que outros o exijam. Reconheça os seus limites e não hesite em pedir ajuda concreta, quando em stress excessivo, à sua rede de amigos, às redes de apoio comunitário, ao seu médico de família ou mesmo a um especialista.

4. Não reprima os seus sentimentos, emoções ou opiniões. Não guarde raiva nem rancor. E não deixe os seus problemas em suspenso: procure resolvê-los.

5. Procure gerir o seu tempo e saiba aquilo que tem de enfrentar diariamente, se não conseguir prevenir ou evitar as situações que lhe causam stress, e de modo algum pense acabar totalmente com ele! Um pouco de stress e emoção parecem ser essenciais nesta vida mas como diz o povo "tudo o que é demais é erro”.

6. Pare e reflita se começar a sentir-se irritado ou fatigado quando acorda, se tem insónias ou ansiedade: interrogue-se sobre o seu estilo de vida e o que pode fazer para o corrigir. Um conselho: use o seu sentido de humor face a determinadas contrariedades.

7. Aprenda a quebrar a tensão recorrendo à atividade física diária, pelo menos um pequeno passeio a pé, ginástica ou outros desportos (p.e. ténis, ciclismo, natação) para espairecer.

8. Não se esqueça de que um dos perigos do stress está em facilitar acidentes, de toda e  qualquer espécie: no trabalho ou no lazer, no desporto ou na condução.

9. Coma devagar uma alimentação equilibrada. É importante que esteja bem alimentado, sem  excessos. É importante que pare para comer, e, se possível, faça um pequeno passeio a seguir.

10. Os Centros de Convívio ou de Acolhimento, de Igrejas, de Autarquias ou de ONGs,  representam ajuda importante para o combate ao isolamento e ajuda para vencer o stress e a angústia que se lhe associam. Isto sem esquecer os seus amigos e familiares. Fortaleça todas as relações.

Fonte: Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva.

13/05/11

POEMA DE FERNANDO PESSOA




A Criança Que Ri na Rua

A criança que ri na rua,
A música que vem no acaso,
A tela absurda, a estátua nua,
A bondade que não tem prazo

Tudo isso excede este rigor
Que o raciocínio dá a tudo,
E tem qualquer cousa de amor,
Ainda que o amor seja mudo.


ENGLISH VERSION

The Child That Laughs In The Street

The child that laughs in the street,
The song one hears by chance,
The absurd picture, the naked statue,
Kindness without limit

All this exceeds the logic
Imposed on things by reason,
And it all has something of love,
Even if this love can't speak.

10/05/11

PARA REFLEXÃO

«Quando, terminado o antigo 5.º ano, fui chamado a optar por que porta haveria de entrar no ensino superior (e, supostamente, na “vida”), tinha 15 anos e a cabeça e o coração cheios de livros onde, na última página, ou no último quadradinho, o Bem triunfava sempre, gloriosamente, sabre o Mal. Nos meus desmesurados sonhos adolescentes, a Lei era então uma espécie de gládio que os meus heróis (Perry Mason, Rip Kirby, Lone Ranger ... ) brandiam sobre os maus em defesa dos justos e dos desamparados. Por isso, contra tudo e contra todos, meti-me alvoroçadamente (“cantando e rindo” e “torres e torres erguendo”, dizia o hino) a caminho da Faculdade de Direito.
  
Na Faculdade descobri, porém, algo terrível: que Direito e Justiça eram completos desconhecidos um do outro, quando não inimigos irreconciliáveis. E que juízes, e advogados, e detectives, não eram, afinal, almas puras e justiceiros implacáveis como nos livros mas tão-só meros funcionários, frequentemente medíocres, frequentemente torpes. E, pior, que nos tribunais, como na “vida”, a lei está quase sempre do lado dos poderosos e dos maus».

Manuel António Pina, in Revista Visão, 12.12.2002.

02/05/11

RECIDIVA DE VARIZES

A recidiva ou reaparecimento de varizes, após tratamento cirúrgico, é um problema que se coloca com frequência ao cirurgião vascular. Representa mais de 20 % das cirurgias realizadas para correção de varizes dos membros inferiores.
 
São várias as causas responsáveis pela recidiva de varizes. As mais comuns são cirurgias anteriores incompletas ou inadequadas à situação clínica; intervenções realizadas sem se solicitar um ecodoppler venoso; ecodoppler’s mal executados ou desactualizados, induzindo o cirurgião em erro; marcação incorrecta ou insuficiente das varizes no dia da cirurgia; ou o desenvolvimento de novas varizes (neovascularização) no tecido cicatricial.

O aparecimento de novas varizes em áreas anatómicas não operadas não constitui uma verdadeira recidiva mas deve-se à cronicidade da doença venosa. Deste modo, é importante um acompanhamento regular, pelo cirurgião vascular, de todos os doentes operados às varizes, para permitir o diagnóstico de alguma anomalia numa fase inicial. A deteção precoce de novas varizes permitirá um tratamento mais simples e menos invasivo, muitas vezes sem recurso a nova cirurgia.